Oposição acusa forças do governo de matar civis em Treimsa.
Incidente aumentou a pressão por sanções ao regime de Assad.
Uma equipe de observadores da Organização das Nações Unidas estava a caminho da vila de Tremseh, na província síria de Hama, disse neste sábado (14) uma porta-voz da ONU em Damasco, dois dias depois de ativistas relatarem que cerca de 220 pessoas foram mortas no local por um helicóptero armado e milicianos a mando do governo sírio.
"Fomos informados ontem que um cessar-fogo foi acertado em Treimsa. Então mandamos uma patrulha numa missão de reconhecimento", disse Sausan Ghosheh em um email.
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A equipe já chegou ao local, segundo ativistas e fontes da ONU.
O ativista Abu Ghazi afirmou que o grupo se reuniu com habitantes e "inspecionou os locais bombardeados e os locais manchados de sangue".
O exército sírio disse ter realizado em Treimsa "uma operação de qualidade" que culminou com a "destruição de esconderijos de grupos terroristas (...), sem ter deixado nenhuma vítima civil". Já a oposição afirma que há muitos civis entre as vítimas.
Pressão sobre o regime Assad
O novo massacre provocou prostestos da comunidade internacional e aumentou a pressão sobre o Conselho de Segurança para ONU para que o órgão imponha sanções ao contestado regime do presidente Bashar al Assad.
O novo massacre provocou prostestos da comunidade internacional e aumentou a pressão sobre o Conselho de Segurança para ONU para que o órgão imponha sanções ao contestado regime do presidente Bashar al Assad.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse na sexta que um fracasso do Conselho em pressionar Assad resultaria em "uma licença para novos massacres" no país em crise.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse na sexta-feira em um comunicado que tudo parecia indicar que "o regime assassinou deliberadamente civis inocentes".
A revolta contra o regime de Assad, iniciada em março de 2011, já matou mais de 17 mil pessoas, em sua maioria civis, segundo a oposição.
O governo argumenta que combate "terroristas" que tentam desestabilizar o país.
Rússia e China, aliadas de Assad, barram medidas mais duras contra o regime no Conselho de Segurança.
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