quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bandidos explodem agência do Bradesco de Senador Sá

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Foi registrada na madrugada de hoje a segunda ação contra bancos no Ceará. Bandidos invadiram a cidade de Senador Sá, na zona norte do estado, e explodiram a agência do Bradesco. O comando de policiamento do interior confirmou que os criminosos conseguiram levar o dinheiro do banco.
Neste momento policiais do 3º Batalhão, em Sobral, realizam buscas a quadrilha. Na madrugada do último domingo, bandidos explodiram um caixa eletrônico em Tejuçuoca, também na região norte do estado. De acordo com a polícia, dois homens chegaram de moto e explodiram o caixa do banco Bradesco. Com a chegada da polícia houve troca de tiros. Os bandidos conseguiram fugir, mas a quantia levada não foi revelada. O CPI registrou, ainda, homicídios em Juazeiro do Norte e Senador Pompeu. 15 pessoas foram presas e 3 armas apreendidas.

Megaprojeto industrial e habitacional no Pecém



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O Village Viva Pecém já possui estudos ambientais concluídos e foi apresentado em audiência pública


O município de São Gonçalo do Amarante deverá receber um megaprojeto imobiliário, incluindo, além de habitação, áreas para serviços e um distrito industrial. Com vistas ao crescimento econômico e populacional do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a Euroamérica Construtora, Incorporadora e Imobiliária planeja fazer, até o fim do ano, o lançamento do Village Viva Pecém, que já possui estudos ambientais concluídos e os teve apresentados, na semana passada, em audiência pública no município. O empreendimento está em processo de aquisição da Licença Prévia (LP) pela Superintendência Estadual do Meio 
Ambiente (Semace) e, depois desta etapa da audiência, será levado para avaliação e possível aprovação no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, é provável que o empreendimento seja levado à reunião do Coema, a ocorrer em fevereiro, com data ainda a ser agendada.

Com uma área de 468,14 hectares , o loteamento prevê localização no distrito de Croatá, em São Gonçalo do Amarante Foto: José Leomar

Investimento não definido

Projetando uma área de 468,14 hectares (ha), o loteamento prevê localização no distrito de Croatá, em São Gonçalo do Amarante, a 18 quilômetros do centro da cidade. 

O projeto é assinado pelo arquiteto e urbanista Fausto Nilo. O valor do investimento ainda não está definido, segundo explica o diretor comercial da Euroamérica Construtora, Henrique Torres de Melo. 

“Ainda estamos fazendo o orçamento, mas acreditamos que teremos um valor geral de vendas grandioso”, afirma. O empreendimento espera a geração de seis mil empregos, através das indústrias, comércios, serviços e escritórios. “Nesse momento, estamos tratando mais do conceito, que é pensado no que vem sendo feito em urbanismo a nível mundial. A ideia é que os moradores precisem se deslocar o mínimo possível, com trabalho e lazer integrado”.

Áreas

De toda a área compreendida, 46 hectares constituirão Área de Proteção Ambiental, conforme o Novo Código Florestal, e 232,63 hectares serão para o parcelamento do solo. 

O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento, produzindo pela Ambiental Consultoria e Projetos, explica que o loteamento será composto por quatro vizinhanças com populações diversificadas, podendo abrigar até 35 mil habitantes. 

Haverá áreas para uso empresarial de escritórios e de residências, sendo estas do modelo típico de habitações populares, passando por residências duplex, triplex, apartamentos e até mansões, cada tipo em vizinhanças distintas.

Previsão para 2015
Conforme Melo, espera-se que as primeiras unidades, da primeira vizinhança, já possam ser entregues em meados de 2015, podendo trazer vagas para oito mil habitantes. As vizinhanças serão construídas conforme for crescendo a demanda na região. “Acreditamos que já temos demanda para essa primeira vizinhança, com os empreendimentos já em curso no complexo, como a siderúrgica, a Vale Pecém, as laminadoras”, aponta. 
Além destas áreas, haverá um distrito industrial de 32 hectares, com vias de dimensões e traçado adequados para circulação e manobra de caminhões de carga em todos os seus padrões. 

Indústrias e serviços
O diretor comercial da Euroamérica informa que a construtora trabalha com a possibilidade de incluir indústrias em três setores: metal-mecânica, por conta do desenvolvimento do setor na região; de Tecnologia de Informação (TI), podendo agregar empresas de call center, que são grandes empregadoras de mão de obra; e logística, por conta da interface que o loteamento possui com a futura Ferrovia Transnordestina, que passará por perto do empreendimento. Reuniões com os sindicatos destes setores já vêm sendo realizadas.

Shopping center

Está incluído ainda no conjunto de urbanização um shopping center de alcance regional, um posto de serviço e uma estação de intercâmbio de transportes públicos regionais. O terreno do Village Viva Pecém já pertence à incorporadora desde 2004. “O Pecém hoje é uma realidade, não mais uma promessa. Estávamos esperando que as oportunidades amadurecessem, mas não esperávamos que estas aconteceriam nessa velocidade”.

Sérgio de Sousa


Repórter

Modelo é inédito no País, diz Nilo
Pensado com base na interação entre vizinhanças e na fácil acessibilidade a lazer e trabalho, o Village Viva Pecém, de acordo com seu idealizador, o arquiteto Fausto Nilo, apresenta um modelo ainda inexistente no Brasil, mas com base em um conceito urbanístico que vem se aplicando no mundo há cerca de pelo menos 30 anos. 

“No fundo, é um povoado”, define Fausto Nilo ao falar do projeto, acrescentando que não se trata de um loteamento foto: rodrigo carvalho
“No fundo, é um povoado”, define, acrescentando que o empreendimento não pode ser entendido como um loteamento. “Sua forma atual é fruto de um redesenho criterioso de atualização \[das experiências já existentes no mundo\] com vistas à boa convivência dos habitantes atuais com as novas escalas das metrópoles e suas consequências indesejáveis. Assim, ele apenas restaura a forma urbana que todos desejamos, ou seja um lugar onde tem tudo que é necessário para se viver em vizinhança e isto de forma acessível e com baixa dependência de transporte motorizado”, explica o arquiteto.
Entre tais consequência indesejáveis, aponta, estão o isolamento, a quebra de valores sociais, que colaboram com a agressividade urbana, o incremento do custo da vida urbana e o alto consumo energético.

Vida compartilhada
De acordo com Nilo, os loteamentos, diferentemente o que projeta o Village Viva Pecém, não planejam “a forma de vida compartilhada, as economias locais, as acessibilidades ao trabalho, os espaços de lazer, consumo e educação de forma integrada”. Conforme ele, este padrão ainda não existe, de forma completa, no Brasil. 

Exemplos
“Existem alguns exemplares em Santa Catarina, em Vitória e São Paulo que se aproximam desta composição, mas creio que o nosso exemplar dará um largo passo para esta concretização exemplar”. Nilo defende que este tipo de modelo funciona para dosar o controle da qualidade do crescimento urbano no complexo industrial e portuário.

Acessibilidade
“No caso da região do Pecém, poderia se imaginar isto tudo sempre relacionado às acessibilidades a distritos industriais nucleares, com intervalos de natureza, e com alcance por terra plana a partir do uso de bicicleta em percursos de oito quilômetros, ou seja em 20 minutos de viagem”, comenta. 
Destaca que “esta é a maneira concreta de calibrar as relações entre as bases naturais, as construções com seus usos e ao mesmo tempo favorecer às acessibilidades com significativa redução do consumo energético e da poluição aérea”. (SS)

Desenvolver área depende de planejar imóveis

O desenvolvimento do Complexo do Pecém não pode ser feito sem planejamento imobiliário para as pessoas que lá vão trabalhar, segundo o arquiteto e urbanista Fausto Nilo. Isso evitará o estímulo à habitação distante e “as infernais viagens metropolitanas”, aponta. 

“Nós percebemos hoje a gradativa mudança da compreensão local para estas oportunidades em substituição do hábito de somente pensar o desenvolvimento industrial de forma isolada e dependente de longos percursos por transporte urbano, sempre inviável. 

Então para organizar e qualificar o processo de desenvolvimento urbano para aquela região, é inevitável tratá-la a partir da implantação gradativa de unidades de crescimento urbano em conveniência especial com os centros de emprego, de educação, de serviços e de consumo”, conclui Nilo. (SS)

SAIBA MAIS

468,14 hectares é o tamanho da área do empreendimento
46 hectares, do total, serão destinados para uma Área de Proteção Ambiental
223,63 hectares, do restante, serão para o parcelamento do solo
32 hectares vão compor um distrito industrial
35 mil pessoas, aproximadamente, são esperadas para morar no loteamento
6 mil empregos devem ser gerados com o empreendimento
18 quilômetros será a distância da área do projeto para o centro de São Gonçalo do Amarante 



Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1364950

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Chuvas devem ficar abaixo da média


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Há 40% de chances de chover menos que o normal no Ceará nos próximos três meses, afirma Funceme

A exemplo do que ocorreu nos últimos dois anos, o semiárido cearense, ao que tudo indica, enfrentará mais um ano difícil em relação à seca. Isso porque o Estado tem 40% de probabilidade de ter chuvas abaixo da categoria considerada normal, durante três dos quatro meses da quadra chuvosa (fevereiro, março e abril). O prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) foi anunciado, na noite de ontem, durante o encerramento do XVI Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino.

Situação preocupa, pois o Estado já sofreu seca em 2012 e 2013. No ano passado, alguns açudes da Região 
Metropolitana de Fortaleza, como o Amanari, em Maranguape, ficaram praticamente secos Foto: José Leomar


De acordo com as previsões, o Ceará tem 35% de chances de ter chuvas dentro da média e apenas 25% de probabilidade de a quadra chuvosa ficar acima dela. Um novo prognóstico, contemplando o mês de maio, deve ser divulgado em até um mês. A média climatológica do Estado para os quatro meses é de cerca de 805 milímetros.

O resultado do prognóstico foi alcançado por meio de análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala e pelos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de várias instituições de meteorologia do País. “Nós temos condições de neutralidade no Oceano Pacífico, mas um Atlântico ainda desfavorável. Essas foram as duas características que resultaram nesta previsão”, explicou o presidente da Funceme, Eduardo Martins.

Segundo ele, a expectativa da Fundação é de atualizar o sistema de previsão, que é feito mensalmente, em uma frequência maior, na tentativa de agilizar o processo de resposta aos possíveis impactos da situação climática. “A cada 15 dias, se possível”, diz. Apesar de uma atualização mais constante, o presidente afirma ser muito difícil haver mudanças profundas neste quadro.

A meteorologista Meiry Sakamoto esclarece que as regiões com mais chance de ter chuvas abaixo da média são o Sertão Central e a Região Sul. 

Confira fala do presidente da Funceme




“É uma situação bastante preocupante, pois já viemos de dois anos de escassez de água. Em 2012 e 2013 nós tivemos poucas chuvas, e tudo indica que neste ano a gente pode, nestes três meses, passar por uma situação bastante semelhante”, diz ela, ressaltando que as chuvas tendem a iniciarem-se na segunda quinzena do mês de fevereiro. Ainda segundo a Funceme, o Noroeste do Ceará tem chances de ter chuvas dentro da média.

Segundo os registros da Funceme, tendo como base de cálculo os anos de 1950 a 2009, para se ter uma precipitação dentro da média na Região Central e Ihamuns, por exemplo, é necessário chover entre 372,4 e 485,2 milímetros no período de fevereiro a abril. Na Região do Cariri, os números ficam entre 489 e 639,2 milímetros e, no litoral de Fortaleza, é considerado dentro da categoria normal chover entre 545,6 e 755,4 milímetros.

Diante da previsão de chuva abaixo da média histórica, o órgão enviou, ainda no mês de dezembro do ano passado, um relatório para o Comitê Integrado de Combate à Seca no Ceará. 

Órgãos como a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), desde então, desenvolvem ações para o combate à estiagem no Estado.

Inpe
Já a perspectiva do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta a probabilidade de 40% de chuvas dentro do normal para o semiárido, contra 35% abaixo da média nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Renato Bezerra


Repórter

FIQUE POR DENTRO


Prognóstico de 2013 também foi negativo



As chuvas que caíram no Ceará em fevereiro, março e abril de 2013 foram 50,3% abaixo da média histórica. O número confirmou o prognóstico da Funceme para aquele trimestre: 45% de probabilidade de chuva abaixo da média, contra 35% dentro da média e 20% acima da média.

Historicamente, o ano mais seco que se tem notícia foi 1958, quando choveu 230mm; seguido por 1998, com 270mm; 1993, com 290mm; 1983, com 315 mm; 2010, com 320mm; e 2012, com 330 mm. 



Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1364623
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