quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eike renuncia ao conselho da MPX; empresa mudará de nome

Outra mudança anunciada é que a MPX realizará aumento de capital privado de R$ 800 milhões

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AFP PHOTO/FREDERIC J. BROWN


O empresário Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX Energia, informou a empresa em nota divulgada nesta quinta-feira, 4. O fundador da EBX ocupava o cargo há seis anos. A empresa anunciou ainda que será realizadoaumento de capital privado de R$ 800 milhões.

Na operação, a empresa alemã E.ON investirá até R$ 366 milhões, e o BTG Pactual, seu assessor financeiro, comprometeu-se "a aportar o montante restante não subscrito pelos acionistas minoritários da companhia, que terão direito de preferência para participar da operação". A E.ON detém 24,5% do capital da MPX e compartilha o controle da geradora térmica com Eike.

Segundo a MPX, o aumento de capital privado substitui a oferta pública de ações inicialmente prevista, "decisão tomada após a deterioração das condições de mercado nas últimas semanas".

Jorgen Kildahl, membro do Conselho de Administração da E.ON SE e até então vice-presidente do Conselho da MPX, foi indicado como presidente interino.

"A E.ON agradece a grande contribuição de Eike Batista na MPX, tornando-a uma das mais atrativas empresas de energia do Brasil, desde sua fundação em 2001. A partir de agora, a E.ON apoiará o contínuo desenvolvimento da MPX e a implementação do seu sólido portfólio de projetos, que desempenhará um papel-chave para a segurança energética do Brasil", afirmou Jorgen Kildahl, em nota.

"Nessa nova fase, confio que a empresa continuará em seu processo de desenvolvimento, tendo ao seu lado a sócia estratégica E.ON, maior geradora de energia da Alemanha", afirmou Eike Batista no comunicado.

Mudança de nome


Outra novidade é que a MPX receberá um novo nome e mudará sua sede para os atuais escritórios da joint venture entre MPX e E.ON, a qual será reincorporada à MPX, como parte do acordo firmado pelas companhias. O novo nome da companhia deve ser escolhido até outubro. 
Na análise de especialistas do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), a mudança de nome da MPX e a saída de Eike são medidas para desvincular a empresa da imagem do empresário, tentar valorizar suas ações e possibilitar sua venda dentro de alguns meses. 

A MPX é hoje a empresa mais valiosa dentro do grupo de Eike e peça central no plano de reestruturação do grupo. Atualmente, a MPX opera 1.780 MW em empreendimentos de geração de energia no País, com mais 1.114 MW em projetos em construção, além de 10.000 MW em portfólio.

O anúncio de reestruturação da MPX aconteceu em meio às desvalorizações de ações de empresas de seu grupo, o EBX, ocorridas nas últimas semanas.


Redação O POVO Online


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