sexta-feira, 19 de julho de 2013

Irmãos confessam a morte do padre



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As autoridades policiais revelaram os detalhes da investigação. O padre não reagiu e entregou R$ 250,00 aos ladrões

A prisão dos dois acusados de envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o padre Elvis Marcelino de Lima, 47, na noite de sábado passado (13), foi explicada com detalhes, ontem, na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os irmãos Ednardo Alves dos Santos, 22, mais conhecido por ´Tinardo´; e Réris Silva dos Santos, 20, diante das provas existentes contra eles, confessaram o assassinato.


Os irmãos Ednardo Alves dos Santos, 22, o Tinardo´; e Réris Silva dos Santos, 20, assassinaram o padre na noite de sábado, na Praia de Iracema FOTO: DIVULGAÇÃO/DHPP


O delegado geral de Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, esteve reunido com a equipe que foi ao local do crime, na DHPP. Lá, foram traçadas as estratégias de investigação. As informações preliminares davam conta que o latrocínio havia sido cometido por dois jovens, sendo que foi fornecido o apelido de um deles, no caso ´Tinardo´.


Aquiraz


Naquele mesmo dia foi descartada a possibilidade de uma terceira pessoa ter participado do crime, de acordo com as declarações da delegada Monique Teixeira, presidente do inquérito.


Os inspetores da DHPP descobriam que os criminosos eram vistos todos os fins de semana naquela área.


Depois, os policiais chegaram ao imóvel onde a dupla se escondia. "Era uma espécie de ponto apoio", destacou Luiz Carlos Dantas. Monique Teixeira ressaltou que as informações das testemunhas foram muito importantes e "batiam" com as imagens recebidas pela Polícia Civil.


Ainda na madrugada de domingo, os inspetores da DHPP que estavam de plantão foram aos locais onde os acusados poderiam estar e rapidamente localizaram a dupla, que mora no distrito de Camará, em Aquiraz.


Confissão

´Tinardo´ foi preso na localidade de Pedras, em Messejana, perto do Posto Fiscal da Secretaria da Fazenda (Sefaz), na BR-116. Réris dos Santos recebeu voz de prisão quando estava a caminho da DHPP, onde tinha marcado encontro com seu advogado.


Antes de ser ouvido, o acusado foi informado sobre o que a Polícia tinha de concreto com relação ao crime. Réris confessou, mas salientou novamente que não quis atingir a vítima. Disse ainda que, depois de tomar o segundo carro de assalto, jogou a arma fora, na Avenida Dom Manuel, proximidades do Banco Central, onde o carro do padre foi abandonado. Os dois foram "comemorar" os assaltos em uma casa de forró localizada em Eusébio, mas não ficaram lá por muito tempo. Segundo eles, após o anúncio do assalto, o padre entregou 250 reais.


Ainda de acordo com o depoimento dos acusados, no domingo, eles tentaram localizar a arma mas não a encontraram.


Descartada


As informações das testemunhas e a análise das imagens mostram que o padre Elvis Marcelino não reagiu. "Ele somente relutou em entrar no carro, contrariando o que os criminosos queriam", revelou o delegado Jairo Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), descartando a possibilidade de a vítima ter reagido.


A delegada Monique Teixeira acrescentou que os dois bandidos estavam no local do crime há várias horas, "filmando" as pessoas que chegavam e saíam do local, nas proximidades do Centro Dragão do Mar.


FERNANDO BARBOSA

REPÓRTER 



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