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Com salários de funcionários atrasados e pendências relativas aos direitos de imagem de alguns jogadores, o Flamengo ganhou uma ajuda importante na última quarta-feira para quitar seus compromissos financeiros. O empresário Eike Batista, através de sua empresa imobiliária e de hotelaria REX, pagou R$ 9 milhões ao rubro-negro e fez com que o clube da Gávea evitasse o primeiro atraso de pagamento da nova diretoria.
O montante pago por Eike é referente à segunda parcela da cessão do imóvel do Morro da Viúva, em área nobre da zona sul do Rio de Janeiro – de frente para o Pão de Açúcar. O empresário, que adquiriu o local por 25 anos, tem agora dois anos para transformar o degradado prédio em um hotel de luxo rentável também para o clube rubro-negro.
Além de quitar os salários e direitos de imagem pendentes, o Flamengo não descarta utilizar parte da verba em outras áreas. E uma das ideias da diretoria é aproveitar alguma “sobra” deste valor para ajudar nas obras do Centro de Treinamento Ninho do Urubu, em Vargem Grande, paradas por falta de investimentos.
Oficialmente, o clube ainda evita falar sobre o projeto de ajuda no CT. Internamente, porém, membros da cúpula sabem que o local de treinamentos é uma das prioridades da atual gestão. A decisão, sobre o investimento de parte da grana de Eike no CT ou não, será tomada em uma reunião do Conselho Gestor na próxima segunda-feira.
“Conseguimos resolver um impasse que já se arrastava há alguns anos [dois]. Desocupamos e entregamos o prédio na última semana, e agora estamos recebendo o que faltava. Agora aguardamos um encontro da diretoria para saber onde vamos injetar estes recursos”, explicou o vice de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel.
Orçadas em pouco mais de R$ 8 milhões, as obras restantes do Centro de Treinamento estão paradas por falta de acordo com Prefeitura do Rio de Janeiro e Ambev, parceiras iniciais do projeto.
Além dos R$ 9 milhões recebidos na última quarta, o Flamengo já tinha recebido outra parcela com o mesmo valor em 2012. Agora, com os R$ 18 milhões da concessão quitados, a REX iniciará as obras do hotel no local. Pelo contrato, o clube receberá R$ 270 mil mensais – ou 2,63% do faturamento do empreendimento – quando o hotel estiver em operação, somando pouco mais de R$ 3,2 milhões por ano.
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