Tábata Pontes é filha de um cobrador de ônibus e de uma vendedora de flores. João Henrique leva uma vida simples na zona oeste do Rio.
Tábata Amaral de Pontes, aos 13 anos dizia: “Não tem o que estudar em matemática, porque é mais pensar na hora, raciocinar na hora”. Agora, aos 18 anos, ela conta como recebeu a notícia de que conseguiu uma vaga em Harvard. “Eu chorei duas horas seguidas. Eu perguntei se era verdade, liguei para as pessoas, pergunta: mas será que é trote?”.
Tábata Amaral de Pontes, filha de um cobrador de ônibus e de uma vendedora de flores, passou para Harvard e outras cinco universidades americanas. Ela estudou em escola pública durante todo o ensino fundamental. Chamou a atenção de professores, ganhou uma bolsa de estudos e viajou pelo mundo para participar das Olimpíadas Mundiais de Astronomia e Química. “O que cresci naquela semana foi incrível”, diz.
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João Henrique também está rindo à toa porque passou para Harvard. “Quando soube eu perguntei se era de verdade. A pessoas confirmou, disse que ia me passar um email, uma carta”, conta.
O jovem leva uma vida simples na zona oeste do Rio de Janeiro. O pai, Andrés Vogel, é espanhol, professor, e ensina uma lição e tanto. “O maior e o melhor investimento que uma família pode fazer é na educação do seu filho, porque a única herança verdadeira que a gente deixa para os nossos filhos é seu caráter, sua formação educativa”.
João Henrique nunca teve média menor que oito na escola. Apesar do currículo impecável e dos muitos prêmios, ele garante que leva uma vida normal, e que isso foi um fator decisivo na hora de ser selecionado para Harvard. “O que eu acho que contou para mim foi eu ter feito teatro, atividade comunitária, olimpíadas cientificas, eu não sou um cara que só estuda. Eles não querem este tipo de pessoa”, diz.
E o que mais deve fazer um estudante interessado em seguir o caminho de João Henrique e Tábata? “Ir bem na escola, ter boas notas, contar com o apoio dos professores e da escola e algo fundamental é estudar inglês, ter um bom inglês, e isso em geral, envolve alguns anos pra você conseguir ter um bom nível”, declara Edmílson Motta, professor do cursinho.
Os dois jovens fazem planos que surpreendem. "Meu sonho é voltar para o Brasil e conseguir de alguma forma melhorar o sistema de educação pública”, declara João. “Trazer pesquisadores da China, da Índia, não sei, do mundo inteiro, para que esse centro de pesquisa tenha obrigação de trabalhar com alunos da rede pública no Brasil inteiro”, afirma Tábata.
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