Lateral, que já se machucou três vezes na temporada, está fora do jogo contra o Santos por conta de um problema muscular na coxa esquerda.
Léo Moura deixou o treino amparado por Márcio
Tannure (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Tannure (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Faltam só dez jogos. Léo Moura está perto de alcançar uma marca expressiva com a camisa do Flamengo, mas o tempo para chegar à 400ª partida aumentou um pouco nesta sexta-feira. O lateral-direito se machucou durante o treinamento coletivo e está fora do confronto com o Santos, neste domingo, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O departamento médico fará uma ressonância magnética na coxa esquerda do jogador neste sábado para saber a gravidade do problema. É a terceira vez na temporada que ele fica fora por uma questão física. De 32 partidas do time em 2012, esteve em 22. A diferença é justamente o que falta para atingir a meta.
Aos 33 anos, o jogador tem vivido um ano atípico na carreira. Em 22 de fevereiro, na semifinal da Taça Guanabara, ele sofreu uma lesão na parte externa do joelho direito na partida contra o Vasco. O problema o afastou dos jogos contra Boavista e Duque de Caxias. De volta contra o Emelec, pela Libertadores, um novo golpe, em 8 de março. No primeiro tempo da partida, disputada no Engenhão, o lateral-direito sentiu dores na parte posterior da coxa direita durante uma arrancada, aos 29 minutos. Ele deixou o gramado carregado e chorando. Desta vez, o tempo de recuperação foi um pouco maior. Léo foi desfalque contra Fluminense, Olimpia e Friburguense. O camisa 2 só voltou em 24 de março, na Taça Rio, contra o Volta Redonda.
As dores no joelho, no entanto, incomodram de novo depois de seis partidas seguidas. Na última rodada da fase classificatória do returno do Carioca, Léo não enfrentou o Americano. Já com o Flamengo fora da Libertadores, jogou contra o Vasco na semifinal da Taça Rio. O Rubro-Negro também ficou pelo caminho. A partir daí, foram 27 dias sem jogos até a estreia do time no Brasileirão. Depois de enfrentar Sport e Inter, e de participar do amistoso contra a seleção do Piauí, Léo disputou o primeiro tempo do jogo contra a Ponte Preta, na terceira rodada, mas sentiu dores na coxa esquerda e não voltou do intervalo.
Fora contra o Coritiba, quando a equipe conquistou a vitória por 3 a 1, a primeira no nacional, Léo se preparava para retornar contra o Peixe. Treinou normalmente ao longo da semana, mas voltou a se machucar. Segundo o prepador Ronaldo Torres, a sequência de problemas físicos é agravada pela idade e pela posição do jogador.
- Tem a ver. É um jogador de 33 anos, que joga ali na lateral, vai e volta o tempo todo. E ele ainda está suportando bem porque sempre se cuidou. Se não se cuidasse, estaria pior ainda. Não adianta esconder, tapar com a peneira. É como qualquer ser humano. Isso é fisiológico. Depois de 28, 29 anos, as fibras musculares começam a perder a força que tinham. É notório. O ritmo não é o mesmo. Ele é dedicado, sempre foi um excelente atleta. Por isso está suportando. Léo sempre ia e voltava ao ataque com muita facilidade, mas daqui a pouco ele vai ter que mudar de posição. A condição orgânica é indiscutível, mas a muscular não é a mesma, por mais que se prepare. A base, o músculo, começa a sofrer um pouco.
Ronaldo Torres explica que a idade de Léo não interfere nos treinamentos físicos. Ele realiza, por exemplo, os mesmos exercícios que Negueba, que tem 20 anos. O que muda é a intensidade.
- Não será no mesmo ritmo, mas vai fazer todo o trabalho. Tem que respeitar a individualidade biológica.
Por conta do novo problema, o preparador diz que terá de rever os treinos físicos do camisa 2. A sequência de jogos do Brasileirão também preocupa.
- Vamos esperar o resultado do exame, saber o nível da lesão e a partir daí fazer um trabalho diferente para ele. Pode ficar pior quando a equipe entrar naquele ritmo de jogos às quartas e domingos. Esse processo com o Léo Moura acontece com todos os atletas. Talvez eu deixe de trabalhar com ele na sala de musculação e o coloque para treinar no cybex, que é um aparelho computadorizado para o desenvolvimento de força muscular e que mostra se há desequilíbrio muscular. Ele trabalha todo o ângulo muscular, todas as fibras, mas é diferente da musculação. Não tem como ter lesão. É como trabalhar na água. Ele não faz hipertrofia, ele faz resistência muscular. Fiz isso com o Fred no Fluminense. Tiramos a musculação e ele melhorou.
Na ausência de Léo Moura, Wellington Silva assume a posição. Flamengo e Santos se enfrentam no Engenhão, às 16h (de Brasília).
Na ausência de Léo Moura, Wellington Silva assume a posição. Flamengo e Santos se enfrentam no Engenhão, às 16h (de Brasília).
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