quinta-feira, 7 de junho de 2012

Alegria do arrasta-pé anima festejos na Capital e Interior

Dezenas de quadrilhas, das tradicionais às mais modernas, vão animar os festejos juninos (FOTO: ETHI ARCANJO) 
Dezenas de quadrilhas, das tradicionais às mais modernas, vão animar
os festejos juninos (FOTO: ETHI ARCANJO)

O mês de junho já começa com cheiro de canjica, aluá e bolo de milho. E também com o ritmo e o colorido das quadrilhas. Durante todo este mês e início de julho, os festejos juninos vão animar as ruas de Fortaleza e do Interior. Dezenas de quadrilhas, das tradicionais às mais modernas, vão garantir a festança.

Hoje, o 22° Festival de Quadrilha Pagode Sertanejo anima a noite no Conjunto Ceará com apresentação de três grupos juninos e show do Forró do Caquiado, a partir das 19h30min. Para receber os festejos durante quatro dias, estão sendo investidos R$ 20 mil, segundo o organizador do evento, Aldenor Holanda.

Uma parte - R$ 4mil - vem do edital da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor). O restante é conseguido por meio de parcerias com comerciantes locais, de acordo com o organizador. No festival, há espaço para todos os tipos de quadrilhas. As tradicionais, que se colorem de chitão e dançam ao som do arrasta-pé, dividem o ambiente com as mais modernas e luxuosas.

“Muitas quadrilhas perderam a característica tradicional. Estão bem mais estilizadas. Mas isso não impede que a gente tenha uma competição mista”, ressaltou Aldenor Holanda, que também é presidente da Federação dos Eventos Juninos e Culturais do Ceará (Fejuc).

O espaço também é democrático no 14º Festival do Jardim Guanabara. A festa que começa amanhã traz quadrilhas que vão relembrar , com criatividade, o centenário de Luiz Gonzaga e a tradição junina. A apresentação infantil da Zé Moringa, segundo o presidente da quadrilha, Francisco César da Silva, homenageia o Rei do Baião e as belezas do sertão.

Apesar da união entre os diferentes tipos de quadrilha, o presidente da Fejuc, Aldenor Holanda, pondera que é preciso ter cuidado para não fugir às tradições. “O pouco que ainda se tem em comum é o casamento, porque não pode deixar de ter. A quadrilha é a comemoração do casamento”. Alguns grupos, conta ele, deixam de lado os ritmos e instrumentos musicais tradicionais e incrementam com guitarra e baixo. “É bom porque é novidade. O ruim é perder a identidade”.
 
ENTENDA A NOTÍCIA

A quadrilha é tradição nos festejos juninos no Brasil, especialmente nos estados nordestinos. Tem origem nas velhas danças populares de áreas rurais da França e da Inglaterra. A dança representa um baile em comemoração a um casamento.

Números

R$ 20mil
É o valor investido para os quatro dias do 22º Festival de Quadrilha Pagode Sertanejo, no Conjunto Ceará. Parte desse dinheiro - R$ 4 mil - vem de edital da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor)
 

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