quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Número de casos de aids aumenta entre heterossexuais do CE, diz Sesa

Casos de aids entre heterossexuais subiu 28% entre 2009 e 2011.
Campanhas educativas devem ser retomadas, diz médico especialista.



O número de casos de aids diagnosticados em heterossexuais teve um crescimento de 28% nos últimos dois anos, segundo dados do boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira (9) pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Em 2009, foram registrados 313 casos entre a população que se identifica como heterossexual, número que subiu para 401 em 2011. Os números de 2012 ainda não foram divulgados mas, de acordo com o médico infectologista Anastácio Queiroz, diretor do Hospital São José, a tendência é de que supere o do ano passado.
AnoNúmero total
de casos
2000548
2001581
2002592
2003662
2004745
2005644
2006594
2007692
2008663
2009722
2010779
2011815
2012760
 Para o médico, é necessário que o poder público e as organizações não governamentais (ONGs) retomem as campanhas educativas. "É como se ao deixar de falar na doença, ela deixe de existir e as pessoas relaxam nos cuidados, passam a não usar preservativos".
Além disso, segundo Anastácio Queiroz, o diagnóstico costuma ser tardio, o que possibilita que mais pessoas sejam contaminadas. "Se o homem não sabe que é HIV positivo ele contamina o parceiro ou a parceira sem perceber e isso é preocupante, pois apesar do tratamento ter se tornado mais eficaz, o número de pessoas infectadas não para de crescer".
População geral
Apesar do aumento ser mais acentuado entre as pessoas que se dizem heterossexual, a incidência de aids aumentou em todos os grupos no Ceará, segundo a Secretaria de Saúde do estado.
Em 2011, segundo boletim divulgado pela secretaria, o número anual foi recorde, quando foram confirmados 815 casos de aids. Em 2012, até outubro, 760 casos foram confirmados.
Crianças
Outro dado que chama a atenção no boletim epidemiológico é a transmissão do vírus de mãe para o filho durante a gestação. Em 13% dos casos de mães soropositivas, o bebê nasce HIV positivo. "É uma taxa extremamente alta e é preciso que se verifique o que está acontecendo com essa mãe: deixou de tomar o medicamento? Está tomando de forma inadequada?". Para o infectologista, se a mãe diagnosticada no início da gravidez como soropositiva fizer o tratamento adequado, o índice de contaminação do filho é muito baixo, menos de 2%.
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