sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Consulado brasileiro na Bolívia diz não poder fazer nada em relação a maus tratos com os estudantes




O consulado brasileiro na Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, disse ter tomado conhecimento das várias denúncias de maus tratos a estudantes no País por policiais locais e afirmou que nada poderia ser feito. Nesta quinta-feira (23), oDiário do Nordeste mostrou a situação de vários cearenses que estavam sendo vítima de extorsão e xenofobia das autoridades bolivianas.
Vários estudantes saem do Brasil para estudar medicina na Bolívia. Foto: Divulgação
Segundo a vice-cônsul, Saide Sabóia, a polícia local não facilita o trabalho de apuração das denúncias. "Todo dia recebemos essas denúncias e não temos como combater pois a segurança aqui é muito precária", afirma. Com isso, de acordo com Sabóia, os brasileiros acabam sendo vítimas de extorsão.
O consulado brasileiro em Santa Cruz de la Sierra estima que 15 mil estudantes cursem medicina na cidade. O aumento significativo do número de estudante no últimos anos, segundo o consulado, gerou uma aversão a brasileiros no país. O órgão afirma que 80% dos estrangeiros que moram na cidade são brasileiros.
"Tráfico de educação"
Uma preocupação crescente das autoridades brasileiras na Bolívia é sobre a qualidade da educação oferecida aos acadêmicos de medicina. "Aqui existem algumas faculdades sérias, mas a maioria não passa de "fábricas" de diplomas. Você paga e passa nas disciplinas. Muitos estudantes mentem ao dizer que estudam, eles querem apenas o diploma, fazendo um verdadeiro tráfico de educação", alertou a vice-cônsul.
No ano passado, o MEC e o Ministério da Saúde elaboraram um projeto-piloto de revalidação, com o objetivo de unificar o processo, mas, de 628 recém-formados inscritos, apenas dois foram aprovados no exame teórico, chegando à prova prática e à aprovação.

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