segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Este não é o Flamengo do torcedor



Empate

Vaias, revolta da torcida e xingamentos têm sido uma rotina nos últimos jogos da equipe. É verdade que sempre esteve entre os seis primeiros na tabela, já liderou por algumas rodadas e chegou a ficar 16 partidas sem perder. Depois caiu. Caiu na classificação, no futebol e o pior: no comprometimento. Jogadores e treinadores podem (e devem) ficar chateados com a reação do torcedor. Só não podem se revoltar. Precisam olhar para o campo e ver como a equipe está atuando. Assim vão entender a reação da torcida.
O Flamengo do título carioca, que não jogou de forma espetacular, e da primeira metade do Campeonato Brasileiro era outro. Na garra e comprometimento. Ouço muitas histórias e, algumas, com detalhes de falta de profissionalismo de muitos atletas - quando longe das partidas e treinamentos. Claro que isto pode estar influenciando. Ninguém, de uma hora para outra, esquece de jogar bola. Ou a metade do time perde a pegada em um ou dois meses.
O Flamengo destes últimos dois jogos obteve dois empates. Olhando só o resultado podemos dizer: é normal empatar com o Figueirense, no Engenhão, e com o Atlético (GO) no Serra Dourada. Sim é.
Não é normal a forma do time atuar. Até Vanderlei Luxemburgo andou pisando na bola. Parece que também perdeu o foco. Não está mais conseguindo fazer seus principais jogadores morderem. Claro que não é só uma questão de bola. Quem vive o dia a dia do rubro negro sabe bem disto. Flamengo, desde que me entendo por gente, sempre foi time de raça, garra e comprometimento. Por isso tem uma torcida tão grande e acesa.
Nos últimos anos, quem mais tem se entregado é o Fluminense e por isso tem obtido resultados. No passado, também, o tricolor era tido como o mais frio do Rio de Janeiro. As coisas mudam e, com certeza, os torcedores que gritaram frases duras contra os jogadores e treinador, nas últimas partidas, detectaram que algo está errado e querem mudanças para voltarem a cantar suas musicas de incentivo.
Mudanças no comportamento dentro de campo. Para isto acontecer, o comprometimento precisa voltar e, na boa, está na hora da presidente Patricia Amorim falar um pouco mais alto. Passar a mão na cabeça dos ídolos não vai adiantar. Eles têm responsabilidade. Não só de entrar em campo, mas sim de entrar em boas condições e jogar.

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