Falta ônibus para transporte de universitários em Quixadá
Ampliação do ensino superior em Quixadá não acompanhou a infraestrutura ainda precária em transporte
Quixadá Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Quixadá e do campus avançado da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta cidade, estão se sentindo literalmente "apertados" no caminho de ida e de volta para os dois centros de formação especializada do Sertão Central. Mais de mil deles estão sendo prejudicados. Reclamam da precariedade do transporte escolar fornecido no trajeto de 5Km, do Centro até o entorno do Açude do Cedro, onde os centros educacionais foram construídos. Além do desconforto, atrasos e lotação estão tornando o trajeto estressante.
Segundo os estudantes, a obrigação do transporte gratuito é da Prefeitura de Quixadá. São fornecidos apenas três coletivos para atender cerca de 700 alunos do IFCE e mais 300 da UFC. Um ônibus com capacidade para pouco mais de 40 passageiros está transportando mais de 90 pessoas. Para piorar a situação, o pagamento do serviço está constantemente em atraso. "Os motoristas estão transportando a gente de boa vontade mas, vez por outra, ameaçam parar, deixando os alunos preocupados", diz a estudante do 5º semestre de Sistema de Informações da UFC, Talita Maria Moura.
O diretor do IFCE de Quixadá, Aristides Neto, confirma a versão dos estudantes a respeito da obrigação da Prefeitura de Quixadá. O ônus do transporte escolar cabe à administração municipal. Um dos critérios considerados pelo Ministério da Educação para implantação do campus tecnológico em Quixadá foi a oferta de transporte escolar até o surgimento de linha regular de ônibus para aquela área da cidade, no entorno do Açude do Cedro. "Muitos estudantes são de famílias pobres. Não tem como pagar R$ 2,50 a um moto-taxista para assistir a aulas e o mesmo valor para voltar. O IFCE não disponibiliza verba para esse tipo de serviço", explicou.
A aluna do Curso de Agronegócios do IFCE, Lucia Menezes, tem passado por essa situação nos dois últimos anos. Ela mora no Distrito de Custódio, na zona rural de Quixadá. Ela paga R$ 3,00 por dia pelo transporte até o Centro da cidade e o mesmo valor para voltar. São mais de 20Km de estrada carroçável. Diz que, além do desconforto na viagem de pau-de-arara, não dá para suportar mais outra despesa. Ela é concludente. Em breve não vai mais sofrer, mas não esconde sua preocupação com os colegas do Instituto Federal e também da UFC.
Sem solução
A respeito do problema, o diretor do campus da UFC, Davi Vasconcelos, disse que já foram realizadas várias reuniões em busca de solução. Uma das alternativas foi convocar representantes das Prefeituras vizinhas, dentre elas as de Banabuiú, Choró, Ibaretama e Quixeramobim, para discutirem a possibilidade de assumirem parte das despesas, ou realizarem o transporte de seus alunos diretamente para os campi. Entretanto, somente o representante de Quixadá compareceu ao debate.
O professor João Batista, empossado secretário de Educação de Quixadá há pouco mais de uma semana, justificou haver dificuldade econômica para cumprimento do serviço extraordinário assumido pela gestão municipal anterior. A verba para o pagamento do transporte escolar universitário é disponibilizada através dos recursos próprios da Prefeitura. Mas o valor liberado, da ordem de R$ 120 mil, é utilizado para saldar dívidas de diversos serviços. No caso da empresa responsável pelo transporte escolar a despesa é de R$ 14 mil mensais. O atraso era superior a seis meses, mas sensível às dificuldades, o proprietário da empresa aceitou o pagamento de três parcelas para continuar o serviço.
Na opinião de João Batista uma das saídas está na sensibilização das Prefeituras vizinhas em deixarem os alunos de suas cidades na área dos dois campi. Embora há pouco tempo no cargo executivo, o secretário municipal disse já ter se inteirado do problema. O número de cursos na UFC e principalmente no IFCE cresceu.
Com isto, aumentou a quantidade de alunos, boa parte deles de outras cidades. "Mas a solução definitiva vai surgir com a implantação de linha de ônibus comercial para o Cedro. A proposta está sendo negociada com empresários", completou.
Quixadá Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Quixadá e do campus avançado da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta cidade, estão se sentindo literalmente "apertados" no caminho de ida e de volta para os dois centros de formação especializada do Sertão Central. Mais de mil deles estão sendo prejudicados. Reclamam da precariedade do transporte escolar fornecido no trajeto de 5Km, do Centro até o entorno do Açude do Cedro, onde os centros educacionais foram construídos. Além do desconforto, atrasos e lotação estão tornando o trajeto estressante.
Segundo os estudantes, a obrigação do transporte gratuito é da Prefeitura de Quixadá. São fornecidos apenas três coletivos para atender cerca de 700 alunos do IFCE e mais 300 da UFC. Um ônibus com capacidade para pouco mais de 40 passageiros está transportando mais de 90 pessoas. Para piorar a situação, o pagamento do serviço está constantemente em atraso. "Os motoristas estão transportando a gente de boa vontade mas, vez por outra, ameaçam parar, deixando os alunos preocupados", diz a estudante do 5º semestre de Sistema de Informações da UFC, Talita Maria Moura.
O diretor do IFCE de Quixadá, Aristides Neto, confirma a versão dos estudantes a respeito da obrigação da Prefeitura de Quixadá. O ônus do transporte escolar cabe à administração municipal. Um dos critérios considerados pelo Ministério da Educação para implantação do campus tecnológico em Quixadá foi a oferta de transporte escolar até o surgimento de linha regular de ônibus para aquela área da cidade, no entorno do Açude do Cedro. "Muitos estudantes são de famílias pobres. Não tem como pagar R$ 2,50 a um moto-taxista para assistir a aulas e o mesmo valor para voltar. O IFCE não disponibiliza verba para esse tipo de serviço", explicou.
A aluna do Curso de Agronegócios do IFCE, Lucia Menezes, tem passado por essa situação nos dois últimos anos. Ela mora no Distrito de Custódio, na zona rural de Quixadá. Ela paga R$ 3,00 por dia pelo transporte até o Centro da cidade e o mesmo valor para voltar. São mais de 20Km de estrada carroçável. Diz que, além do desconforto na viagem de pau-de-arara, não dá para suportar mais outra despesa. Ela é concludente. Em breve não vai mais sofrer, mas não esconde sua preocupação com os colegas do Instituto Federal e também da UFC.
Sem solução
A respeito do problema, o diretor do campus da UFC, Davi Vasconcelos, disse que já foram realizadas várias reuniões em busca de solução. Uma das alternativas foi convocar representantes das Prefeituras vizinhas, dentre elas as de Banabuiú, Choró, Ibaretama e Quixeramobim, para discutirem a possibilidade de assumirem parte das despesas, ou realizarem o transporte de seus alunos diretamente para os campi. Entretanto, somente o representante de Quixadá compareceu ao debate.
O professor João Batista, empossado secretário de Educação de Quixadá há pouco mais de uma semana, justificou haver dificuldade econômica para cumprimento do serviço extraordinário assumido pela gestão municipal anterior. A verba para o pagamento do transporte escolar universitário é disponibilizada através dos recursos próprios da Prefeitura. Mas o valor liberado, da ordem de R$ 120 mil, é utilizado para saldar dívidas de diversos serviços. No caso da empresa responsável pelo transporte escolar a despesa é de R$ 14 mil mensais. O atraso era superior a seis meses, mas sensível às dificuldades, o proprietário da empresa aceitou o pagamento de três parcelas para continuar o serviço.
Na opinião de João Batista uma das saídas está na sensibilização das Prefeituras vizinhas em deixarem os alunos de suas cidades na área dos dois campi. Embora há pouco tempo no cargo executivo, o secretário municipal disse já ter se inteirado do problema. O número de cursos na UFC e principalmente no IFCE cresceu.
Com isto, aumentou a quantidade de alunos, boa parte deles de outras cidades. "Mas a solução definitiva vai surgir com a implantação de linha de ônibus comercial para o Cedro. A proposta está sendo negociada com empresários", completou.
Mais informações:
Secretaria de Educação de Quixadá
Rua Dr. Rui Maia, 469 - Centro
Sertão Central
Telefone: (88) 3412.1966
Secretaria de Educação de Quixadá
Rua Dr. Rui Maia, 469 - Centro
Sertão Central
Telefone: (88) 3412.1966
ALEX PIMENTEL
COLABORADOR
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