terça-feira, 3 de setembro de 2013

Último foragido da Operação Carcará se entrega à Polícia

7 pessoas são acusadas de fraude em licitações, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção e falsidade ideológica


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O último foragido da "Operação Carcará", Fabrício Viana Rodrigues, se entregou nesta terça-feira (3) à Polícia Civil de Sobral. Ele estava foragido desde o último dia 28, quando a operação, que investiga um esquema de contratação de funcionários fantasmas para a Prefeitura de Sobral, fornecidos por meio da Cooperativa de Trabalhadores do Estado do Ceará (Cootrace) e Cooperativa de Prestadores de Serviços (Coopreserv), foi deflagrada.
Fabrício Viana Rodrigues está recolhido na sede da Delegacia Regional de Sobral, à disposição da Justiça. De acordo com o Ministério Público Estadual, o operação visava cumprir 16 mandados, 7 de prisão temporária e 9 de busca e apreensão, referentes a acusados de fraude em licitações, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção e falsidade ideológica.
Já estavam presos os empresários Felipe Cyrino de Alencar, Francisco Sérgio Freire Alencar e Helio Peixoto Alencar Neto; a advogada Maria Valdizia Sombra Aguiar; a contadora Adrizia Alves Ferreira; e o investigado Antonio Daniel Damasceno, presidente da Cooperativa de Trabalhadores do Estado do Ceará Ltda (Cootrace), que se entregou na última sexta-feira (30).
A Justiça também decretou a indisponibilidade dos valores e de bens que estejam em nome dos envolvidos. A operação foi deflagrada, no último dia 28, em Sobral pelo Ministério Público do Estado do Ceará, em parceria com a Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Investigações apontam para presença de funcionários fantasmas
Segundo as investigações do MP, o Município de Sobral repassou para ambas as cooperativas, pertencentes aos envolvidos, mais de R$ 40 milhões. As entidades foram contratadas desde o ano de 2006 e prestam serviços até hoje à Prefeitura de Sobral. Nas investigações foi constatada a presença de cooperados ´fantasmas´, bem como o não pagamento dos direitos trabalhistas dos mesmos. Nesse período, o Município vinha sendo condenado pela Justiça Trabalhista a pagar os referidos encargos trabalhistas.
Por fim, foi verificado que a mão-de-obra fornecida era de forma indiscriminada, sendo utilizadas em quase todos os setores da Prefeitura. O MP também observou a celebração de outro contrato com a Cootrace para fornecer pessoal às vésperas das eleições municipais de 2012, no valor global de quase R$ 20 milhões. Parte dos valores era desviada para as contas pessoais de alguns envolvidos e das empresas deles, configurando lavagem de capitais.

Durante a oitiva dos investigados, ocorrida na última sexta-feira, foi revelado que o presidente da Cootrace exercia a função de office boy na empresa de um dos acusados.


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