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AFP
A entrevista com Papa Francisco ocorreu durante três encontros em agosto
Em entrevista divulgada nesta quinta-feira, 19, em uma revista católica, o Papa Franciscodisse que a Igrejapode expressar suas opiniões, mas não tem o direito de "interferir espiritualmente" nas vidas de gays e lésbicas.
“Uma pessoa me perguntou, de jeito provocador, se aprovava a homossexualidade. Respondi com outra pergunta: ‘Diga-me: quando Deus olha para um homossexual, ele aprova a existência dessa pessoa com amor ou a rejeita e a condena?’ Devemos sempre considerar a pessoa.”
O Pontífice criticou também os religiosos que pregam constantemente sobre o aborto, casamento gay e controle de natalidade. “Não é necessário falar sobre essas questões todo o tempo. Os ensinamentos morais e o dogma da Igreja não são equivalentes. O ministério pastoral não pode ser obcecado com a transmissão de uma gama de doutrinas desconectadas a serem impostas com insistência.”
Segundo Francisco, sua primeira missão é mudar a atitude da Igreja. “A Igreja algumas vezes se apega a coisas pequenas, regras de mentes fechadas. O povo de Deus quer pastores, não clérigos que atuem como burocratas ou funcionários do governo.”
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Francisco declarou que a Igreja deve ser “uma casa para todos”, e não “uma pequena capela” concentrada na doutrina. O Pontífice afirmou ainda que nunca foi de direita e que as mulheres devem ter um papel maior nas decisões da Igreja.
A entrevista (leia na íntegra, em inglês) ocorreu durante três encontros em agosto, nos aposentos espartanos de Francisco na Casa Santa Marta, uma hospedagem do Vaticano para religiosos. As informações são do jornal O Globo.
Redação O POVO Online
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