Goleiro Bruno recebe visita da noiva ao fim de punição por erro disciplinar
Segundo secretaria, Ingrid Oliveira esteve no presídio neste sábado (4).
Ele ficou 20 dias sem sair da cela por enviar carta fora das normas do presídio.
Ele ficou 20 dias sem sair da cela por enviar carta fora das normas do presídio.
Goleiro Bruno chora durante depoimento na
Assembleia de Minas Gerais.
(Foto: Alex de Jesus/O Tempo)
Assembleia de Minas Gerais.
(Foto: Alex de Jesus/O Tempo)
O goleiro Bruno Fernandes, acusado da morte de Eliza Samudio, já pode
retomar a rotina na Penitenciária Nelson Hungria, voltando a trabalhar,
receber visitas e tomar banho de sol. De acordo com a Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Social (Seds), a punição que cortava os
benefícios por 20 dias, terminou neste sábado (4), e o atleta já recebeu
a visita da noiva Ingrid Oliveira.
Bruno cumpriu o prazo determinado, após enviar uma carta ao público por meio do advogado dele. O ato foi considerado erro disciplinar. A secretaria informou que, nesta segunda (6), o goleiro poderá ter duas horas de banho de sol e fazer a limpeza do presídio, atividade pela qual recebe três quartos de salário mínimo. Haverá desconto na remuneração pelo tempo em que ficou parado.
Bruno cumpriu o prazo determinado, após enviar uma carta ao público por meio do advogado dele. O ato foi considerado erro disciplinar. A secretaria informou que, nesta segunda (6), o goleiro poderá ter duas horas de banho de sol e fazer a limpeza do presídio, atividade pela qual recebe três quartos de salário mínimo. Haverá desconto na remuneração pelo tempo em que ficou parado.
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A secretaria entendeu que Bruno cometeu erro disciplinar ao ignorar as
regras de segurança e enviar, fora dos trâmites legais, uma carta ao
público externo à unidade, por meio do advogado Rui Pimenta. Outra carta
assinada pelo jogador foi divulgada pela imprensa no dia 7 de julho. A
punição também está relacionada com este fato, segundo a secretaria.
Até a publicação desta reportagem, o advogado Rui Pimenta, que havia declarado que a punição era rigorosa, não foi encontrado para comentar sobre o retorno do cliente à rotina do presídio. O defensor chegou a protocolar uma representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedindo a suspensão da punição e o afastamento temporário dos agentes penitenciários que impuseram a penalidade.
Carta para Macarrão
Até a publicação desta reportagem, o advogado Rui Pimenta, que havia declarado que a punição era rigorosa, não foi encontrado para comentar sobre o retorno do cliente à rotina do presídio. O defensor chegou a protocolar uma representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedindo a suspensão da punição e o afastamento temporário dos agentes penitenciários que impuseram a penalidade.
Carta para Macarrão
A edição da revista “Veja” do dia 7 de julho publicou outra carta de autoria do goleiro, segundo a defesa de Bruno. O texto, que era endereçado a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, citava um 'plano B'. Os advogados Rui Pimenta e Francisco Simim visitaram o jogador nesta segunda-feira (9) na Penitenciária Nelson Hungria, quando o jogador confirmou ter escrito a mensagem e explicou seu teor.
"O que o Bruno quis ressaltar é que assumir o 'plano B' era uma
obrigação do Macarrão, porque o Macarrão havia traído Bruno quando sumiu
com a Eliza", justificou Pimenta. Segundo o advogado, Eliza foi morta
sem o consentimento do jogador. Pimenta alega que a carta foi redigida
em novembro do ano passado e veio a público com o final apagado, dando
margem a distorções. Ele afirmou ao G1 que, no trecho
final Bruno disse ter escrito: "Macarrão, você tem realmente que assumir
este crime porque eu não posso pagar por sua traição. Eu não mandei
você sumir com a Eliza", relatou.
A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que a carta escrita pelo goleiro não consta nos registros de correspondências enviadas e recebidas por detentos da Penitenciária Nelson Hungria.
A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que a carta escrita pelo goleiro não consta nos registros de correspondências enviadas e recebidas por detentos da Penitenciária Nelson Hungria.
De acordo com a
Seds, o atleta disse, em depoimento na unidade prisional nesta segunda,
que pediu para outro preso entregar a mensagem ao amigo. A Seds informou
ainda que a penitenciária dará continuidade ao procedimento de apuração
para checar como a carta saiu da unidade prisional. As informações
levantadas serão remetidas à Justiça.
Caso Eliza Samudio
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe de Eliza, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido como Macarrão –, e o
primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere
privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido
dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular
por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e
Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo
sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de
Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere
privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e
respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a
ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
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