Casa onde nasceu Castello Branco está deteriorada
O casarão onde nasceu o ex-presidente marechal Castello Branco abriga uma família e serve de suporte para ambulantes. Secult aguarda decisão judicial para implantar o Centro de Gravuras do Ceará
Casa precisa de reparos no Centro
“Nesta casa, em 20 de setembro de 1900, nasceu Humberto de Alencar Castello Branco”. A placa de bronze e a casa verde desbotada, com pichações, passam despercebidas por quem caminha no Centro agitado. O antigo casarão, na rua Solon Pinheiro, número 38, em frente à Cidade da Criança, deveria abrigar memórias. Há planos, inclusive, de construir lá o Centro de Gravuras do Ceará. Mas hoje, a casa onde nasceu o cearense Castello Branco, militar e ex-presidente da República (1964-1967), é morada de uma família e suporte para mercadorias de ambulantes.
O tempo corroeu as paredes, o teto e as estruturas de madeira da porta e da escada que dão as boas-vindas a quem chega. O POVO visitou o local, mas, como a família que mora lá não estava, não foi possível entrar em todos os cômodos. José Tibúrcio, 50, ambulante e parente dos moradores, explicou que a casa pertence à Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), mas ainda na década de 1980 foi cedida para o tio dele morar. “Meu tio cuidava da casa. Ele morreu e a mulher dele e meu primo ficaram morando aqui”.
Segundo Tibúrcio, a família não tem como recuperar a casa. “É muito caro para restaurar”. A Secult confirmou que é a proprietária. O coordenador da célula do Patrimônio Histórico da secretaria, Otávio Menezes, explicou que a casa foi cedida à família pelo então secretário da Cultura, Eduardo Campos. Lá chegou a funcionar também a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg). Em 2007, a Secult começou a buscar um local para abrigar o Centro de Gravuras do Ceará.
Encontrou a casa, mas, segundo Menezes, a família se recusou a sair. Desde então, a Secult segue com processo judicial por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). “Estamos aguardando. Já fizeram visitas sociais, mas não houve consenso com a família”. Conforme Otávio Menezes, o projeto para instalação do Centro de Gravuras já está pronto. Há também projeto para recuperar a coberta. A verba inclusive já foi liberada. O Centro de Gravuras pretende abrigar uma escola de artes.
O artista plástico Eduardo Eloy, idealizador do projeto, explicou que a casa deve ter ateliês de xilogravura (gravura em madeira), litografia (gravura em pedra), gravura em metal, serigrafia, tipografia e computação gráfica, além de uma fábrica modelo de papel artesanal. Pelo projeto, há também uma sala de exposição e um auditório para 40 lugares. “A ideia é preservar um bem histórico com uma escola de artes”, apontou Eloy. Por enquanto, não há proposta de tombamento.
Segundo Otávio Menezes, a casa, por dentro, já foi bastante modificada. “Futuramente, poderemos pensar na possibilidade de tombar a fachada”. O POVO tentou contato com a Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) para saber sobre a ocupação da calçada por ambulantes. Mas, até o fechamento desta matéria, as ligações não foram atendidas. Ontem, enquanto a reportagem esteve no local, dois fiscais da Prefeitura permaneceram na calçada oposta.
ENTENDA A NOTÍCIA
No Centro de Fortaleza, a casa onde nasceu o ex-presidente Castello Branco poderia contar muitas histórias. Mas, ficou esquecida no tempo. A fachada está desbotada e pichada e as estruturas de madeiras, destruídas. Hoje, abriga uma família e mercadorias de ambulantes.
Serviço
Mausoléu Castello Branco
O Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado, abriga o Mausoléu Castello Branco, em homenagem ao ex-presidente cearense. O local é aberto para visitas.
Endereço: Avenida Barão de Studart, 505 - Meireles
Horários: 8h30min às 9h30min; 10h30min às 11h30min; 14 horas às 15 horas e 16 horas às 17 horas. Sempre de segunda a sexta-feira.
Agendamento: O agendamento pode ser feito no site do Governo (www.ceara.gov.br). Do lado direito, no link Serviço, é só clicar em “Visita ao Palácio da Abolição”. O interessado preenche o formulário e aguarda retorno com a visita marcada.
COMENTÁRIO SOBRE A MANCHETE
O QUE VAMOS MOSTRA PARA NOSSOS FILHOS FUTURAMENTE SOBRE A HISTORIA DA NOSSA CAPITAL SE NINGUÉM PRESERVA NADA, UMA CASA COMO ESSA ERA PARA SER PRESERVADA E LÁ TE A HISTORIA DE CASTELLO BRANCO.
QUANTAS PESSOAS COPIA DE OUTRO PAÍS E SE PREOCUPAMOS EM APRENDE A HISTORIA GERAL PARA UM VESTIBULAR E ESQUECEMOS DA NOSSA HISTORIA, SERA QUE ESSA CASA VAI SE RESUME A ENTULHOS E NOSSO GOVERNO NO VAI FAZER NADA?
ESPERO QUE EU ESTEJA ERRADO, POR QUE SERIA MUITO TRISTE PARA NÓS CEARENSES TE QUE VÊ AONDE UMA PESSOA DO CEARÁ, QUE FEZ PARTE DA HISTORIA DO BRASIL, VÊ AONDE ELE NASCEU SER RESUMIDA A UMA PINHA DE ENTULHO ESPALHADO PELO CHÃO.
TEMOS QUE PARA DE DA VALOR PARA AS COISAS DE FORA E ESQUECER DA NOSSA, POR QUE NINGUÉM LÁ FORA VAI LEMBRA DA NOSSA HISTORIA SE AGENTE NO PRESERVA E FAZER LÁ UM CANTO PARA MOSTRA A HISTORIA DE CASTELLO BRANDO.
QUEREMOS SOLUÇÃO PARA ISSO POR PARTE DE NOSSO GOVERNO
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