sábado, 24 de setembro de 2011


Conselho de Segurança analisará pedido de adesão da Palestina na 2ª feira



Nações Unidas, 23 set (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU se reunirá em 26 de setembro para que seus 15 membros analisem formalmente a solicitação formal de adesão da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas.
O presidente rotativo do Conselho, o embaixador libanês Nawaf Salam, fez o anúncio poucas horas depois de a solicitação ter sido enviada a ele pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Salam disse, durante um breve encontro com a imprensa, que tinha transmitido o pedido oficial de Abbas aos demais membros do principal órgão de decisões das Nações Unidas e que os havia convocado para uma reunião na próxima segunda-feira.
Nesse dia, o Conselho, integrado por cinco membros permanentes e com direito de veto (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e outros dez temporários revisarão a solicitação palestina, mas isso não significa que votem no mesmo dia.
Fontes diplomáticas informaram que dessa maneira se abre um processo que poderia levar várias semanas até que se chegue a uma votação, na qual o sinal verde ao pedido de Abbas só aconteceria com uma maioria de nove votos e nenhum veto.
Os EUA já anunciaram que vetará a proposta, mesmo que isso represente um duro revés à sua política externa e concretamente à suas relações com os países árabes e à sua imagem no Oriente Médio, que o presidente Barack Obama tentou melhorar nos últimos anos.
Obama considera que "não há atalhos" para conseguir a estabilidade e que esta só pode ser alcançada mediante negociações diretas que propiciem um acordo para a coexistência pacífica e segura dos estados.
Os atuais membros temporários do Conselho são Brasil, Líbano, Bósnia-Herzegoviana, Gabão, Nigéria, Colômbia, Alemanha, Índia, Portugal e África do Sul.
Até o momento 122 países já anunciaram o reconhecimento do Estado da Palestina, entre eles alguns membros permanentes do Conselho de Segurança, como China e Rússia, e também dos temporários, como Brasil, Índia, Líbano e África do Sul.
Ainda não se sabe como votarão França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Nigéria, Gabão e Colômbia.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, considerou nesta semana que seu país reconhece o direito da Palestina a ser um Estado, mas como produto do diálogo com Israel, para que possam conviver em paz. EFE

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