sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Justiça decreta prisão preventiva de mais sete acusados de fraudar licitações em Trairi




Mais sete acusados de fraudar licitações em Trairi tiveram as prisões preventivas decretadas nesta sexta-feira (14) pelo juiz Fernando Teles de Paula Lima. Com esta decisão, as sete pessoas que já haviam tido as prisões temporárias proferidas no último dia 5, devem ficar presas por tempo indeterminado até a conclusão da instrução do processo.
De acordo com a Justiça, a medida levou em conta a existência de indícios de manipulação de provas por parte dos acusados. Na decisão, o magistrado esclareceu que a preservação das provas se faz necessária, tendo em vista o poder político e econômico dos denunciados, os quais "não medirão esforços para dificultar a ação da Justiça".
Desta vez, Vinícius Barbosa Damasceno (procurador-geral do Município), Maria das Graças Barbosa (secretária de Educação), José Evandro Cunha (secretário de Saúde), Germana da Paixão Oliveira (secretária do Trabalho e Ação Social), Alexandre Pires Sousa (membro da Comissão de Licitação) e Daniele Santos Oliveira (ex-membro da Comissão de Licitação) estão presos, acusados ainda de formação de quadrilha e falsidade ideológica. Destes sete, apenas o empresário Manoel Castro Sales, que também teve a prisão preventiva decretada, está foragido.
De acordo com o magistrado, a gravidade dos crimes provocam um real abalo social, pois envolve pessoas que ocupam cargos públicos e estratégicos na Prefeitura de Trairi e posições de destaque no meio social.
Na quinta-feira (13), foi decretada a prisão preventiva de outros sete acusados, Euclides Andrade de Castro (ex-secretário de Finanças), Evaldo Luís Antunes, Manoel Carlos Oliveira, Gabriela Maria Chaves Souto (ex-membros da Comissão de Licitação da Prefeitura), José Eloísio Maramaldo Filho e Caroline Gondim Lima (advogados). Neio Lúcio Ferraz Passes, também advogado, teve a prisão decretada, mas continua foragido.
Após citação, os acusados terão o prazo de dez dias para apresentar defesa escrita. O grupo é acusado de fraudes em licitações que teriam gerado um prejuízo de R$ 20 milhões nos cofres da Prefeitura Municipal de Trairi.
Todos os envolvidos são gestores públicos ou ex-gestores e empresários.
Fraudes
De acordo com o Ministério Público do Ceará (MP-CE), foram encontradas irregularidades em 33 procedimentos licitatórios, envolvendo a quantia de R$ 19.650.621,29.
No último dia 5, foram expedidos 16 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão. A operação do Ministério Público Estadual (MPE) em conjunto com a Polícia Civil em Trairi prendeu os acusados de crimes contra administração pública.

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